... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

A VELHA RUA

Passou o tempo, ligeiro, distante

e a lembrança ainda uma guria

guardou aonde brinquei bastante

aquela velha rua... terna poesia!

 

Então, encanecido e inquietante

saudoso quis revê-la. Tão vazia

suas calçadas. Estreito instante

velhos momentos, velha alegria

 

Achei, por ali, tudo tão desigual

outrora garrida, agora com danos

avelhada, cansada, quase casual

 

Casas idosas, calçamento mordaz

iguais a mim, se foram os anos

e a velha rua, por fim, contumaz!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

08 de maio, 2022, 16’34” – Araguari, MG

 

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