Não pouparei minhas pupilas
em ver-te caminhar
estrada afora,
Entre sonhos e flores
a bela passeia,
dissipando suores e pensamentos,
em ritmos que minhas narinas não acompanham,
Te contarei do tempo que penava,
Quando a claridade era escassa, por essas bandas,
Tropeçavamos em anjos e harpas,
Recordo da velha choça no meio do nada,
Recordo a vida no meio do nada,
E me indignava; do barro, surgir: teus seios, dentes, cabelos e coração,
Em agradecimento beijava Deus,
Que de mim era tão próximo,
Enquanto você curava, as margens de um rio que fluía inversamente,
Não pouparei as meninas dos olhos meus em vigia- lá , nas estradas, nas montanhas,
Pobres guerreiras que sangram
sobre os campos floridos,
onde nua você caminha,
Beijando as rosas que ainda não eram carmim.