Essa razão que me invade, sem acordes.
Não diz nada, nesses repetidos gestos,
vivenciando desamores, nesses tédios,
impregnado de tristeza e destemperança.
Languidamente consumindo meus anseios,
nessas noites prometidas e pulsante, sem embaraço,
nesses vazios insistentes, salpicados de estrelas,
nessa noite, em descompasso, me apunhala.
Essa razão que me angustia nesse espaço,
Não serve de esperanças nessa busca intensa,
desabrochando novos escombros nesses tempos,
entre desejos impertinentes, nesse caminho.
Outra vez essa carência me amofina,
suavemente me invade essas lembranças!
Destoante no aconchego desses dias,
nessa razão desmedida sem poesia, nessa vida.
Essa razão de arremedos e desatinos,
entre paisagens amorfas e despedidas,
entre o tédio e o ardor desse abandono.
Tempos corrosivos desse abismo e incertezas.