Li teu diário
de “amores delirantes”!
Também não fui para ti
a felicidade...
Fui mais outro alívio
às tuas dores angustiantes,
Furtivas sensações
de um amor de verdade!
Fui paixão repetida
de teus antigos amantes
Descendo correntezas
requintadas de magias,
Águas passadas
em leitos ofegantes
Regressadas em pulsões
de nostalgias!
O nosso amor também
acabou em fantasias
Transbordantes
de efêmeras alegrias...
— sou resquício
Dos teus sonhos infantis...
Dos teus traumas
dilemáticos recalcados
Agora sou vontade
e desejos insaciados
— sou página virada
do teu “livro infeliz”!
Jeazi Pinheiro, in “O Último Poema”.