ARROGANTE INSENSATEZ
Ó coração, foste tolo e ingênuo em demasia
Transformaste tuas emoções em fantasias
Deixou-se levar pelo esplendor do momento
Agora tuas batidas de vida, viraram tormentos
Não conseguiste escapar das armadilhas
Trilhou um caminho sem volta, um palpitar em vão...
Pensaste que era soberano, o dono da situação
Agora, sequer encontras refúgio para pensar
És uma pedra que foi jogada, desceste ao fundo do mar
Teu compasso é disperso, ouve-se um bum a vagar...
Vive sem propósito, corres atrás das sobras, migalhas,
De qualquer sinal de sentimento, um suspiro qualquer...
Ó coração, como podes ser tão negligente assim?
Em nenhuma vez pensaste em mim, foste subjugado...
Virou escravo, um servo das vontades alheias
Jamais vistes o que fazias e os erros que cometia?
Não sei o que fazer, parece ter chegado o meu fim
Por tua arrogância, pelo teu desprezo, estou condenado
Sequer uma vez, percebeste que te prendias a teias?
Por certo não, pois tuas vontades, por vezes foram repetidas
Incorreste nos mesmos erros, e agora se vê sozinho
Penso como fazer, com tamanha descrença e estupidez
Quero a minha vida de volta, não girando como um moinho
Rodando preso, sem sair do lugar, por tua arrogante insensatez.