Paulo Luna

Se esboroa o mundo

Se esboroa o mundo

Entre mercadorias e delírios

Milhões de metros cúbicos

De plástico acumulado

Embalagens descartáveis

Filamentos de aço

Ferro retorcido

Pedras retiradas

Das entranhas da natureza

Esmigalhadas por máquinas

Transformadas em pó

E depois em torpes mercadorias

 

Todo tipo de artefato

Do mais luxuoso

Ao mais vil e nefasto

Pequenas ou grandes

Todas as mercadorias

Que se fazem

No mundo capitalista

Anunciam solene

O começo do fim