Olho a espiral
Da fumaça dos meus tragos
E a brasa acesa do cigarro
Transmuta o carbono em minhas veias
A fumaça vai desenhando sonhos
Mesmo que mutile minhas células.
Meus dedos longos
Prendem a haste branca
Que logo em cinzas
Absorta se esvai,
Vou penentrando
Na penumbra de um refúgio
E de mãos dadas com a espiral
Navego na fumaça do pensamento
Navego na terra
Voo sobre o mar
E vou até onde a espiral me leva...