Um intenso sol estival,
naquele tórrido verão,
brilhava sobre milharal,
queimando a plantação.
Um ardente vendaval,
a esquentar o coração,
rompia o dia normal
clamado em oração.
Um desconserto não banal,
que expõe, sem opção,
a pura verdade brutal
do homem e a exploração.
Um eterno viver carnal,
em rumo à destruição,
cultua sua verdade amoral,
alegando suposta evolução.
Um descaso universal
com a Terra e o coração
devastando o que é natural,
sem coerência ou coesão.
Um olhar simples e racional
não vislumbra solução,
apenas devastação imoral
da vida e da concepção.