Cada um dá aquilo
Que tem de melhor em si
E eu ponho pra fora
A poesia que habita em mim
É que eu sou artista
E é assim que eu me vejo
Escrevo aquilo que vivo
E vivo aquilo que escrevo
Mas quem pensa que nasci
Com essa habilidade completa
Eu nasci só um menino
A vida me forjou poeta
Ao longo dela eu fui
Aos poucos, sendo moldado
Meu coração partido
Com poesia foi soldado
Hoje sou mais um soldado
Que luta pela palavra
Faço de lança a caneta
E da folha o campo de batalha
Minha sina é rimar
É minha luta do dia a dia
Se deixar eu só paro
Quando virar poesia
Nascemos uma folha em branco
Pra nossa história ser escrita
Pensamos estar no comando
Mas é a vida quem a dita
O mesmo vale para artistas
Inclusive dos escritos
A gente nasce primeiro
Depois nasce nosso eu lírico
E aí a escrita é constante
O poeta só vem a nascer
Depois de viver o bastante
Pra, ainda em vida, morrer