Doses diarias de colírio poético
Anseio cada visibilidade
Nos poemas ainda por serem lidos,
Prefiro os que sinalizam as fagulhas
Do forte amor, que brotam a esperança
Na rua das injustiças!
Anseio de tudo a sentimentalidade
Em versos, em vida
Doses diarias da poética bem servida
Em cada beco ou esquina.
Que passam em telas bem modestas
Estamos exercitando na vida crua a poesia
De cara limpa e mente renovada
Porque o mundo vive
E caminha no sistema passageiro
Porque o bilhete de viagem é ligeiro
Para próxima viagem
A uma rua ou extremidade indisposta
Dos louvores hipócritas e amores ausentes.