Deixe-me respirar
Não me sufoque
Minha pele também é sensível ao toque
Qual valor que lhe domina
Que pendores lhe fascina
Das cores da minha sina
Deixe minha melanina
Um choro, uma lágrima, um soluço
Quero ir livre, estar de pé
Andar como outro qualquer
Como aquele a quem não se aparta
Por ser branca cor a sua raça
E não a cor preta que ainda motiva o luto
Racismo não podemos aceitar
Necessário um grito de basta
De todos um grito de basta
Da indignação que não se desgasta
Minha pele também é sensível ao toque
Não me sufoque
Deixe-me respirar