Conforme a perfeita
lei da natureza,
fruta não estraga no pé.
Completa a maturação,
plenos a forma, a cor,
o perfume e a doçura,
a fruta se solta do galho
e apodrece no solo,
entre vermes e insetos.
Madura, cumpri meu ciclo.
O espírito, inquieto, continua
preso aos encantos do mundo.
O coração, amante, permanece
atado a doces laços.
Mas o velho corpo já invoca
a sábia lei da deiscência
e se curva para o chão.