“Sou a mistura do fandango
E do catira
Minha origem ninguém tira
Sou caiçara e sou caipira...
Até as águas límpidas e cristalinas
Lá do sertão nas colinas
Correm pro colo do mar...
E lá no mar no meu barco
Calmaria
Depois de uma pescaria
Minha flor vem me esperá...
E à noitinha lá vou eu
Junto a Ritinha
Pro aconchego da casinha
No sertão pra nóis se amá...
Eh, caiçara
Amanheceu dou um cheiro
Na patroa
E rolo a minha canoa
Meu sustento vou buscar...
Eh, caipira
No artesanato de timbopeva
Ou embira
A musa que lhe inspira
É uma sereia do mar...”
(Valter Karlos)