Teus seios pequenos entre cânion, nesse vale,
compensa-me nessa cama macia, nessa impetuosidade,
nessa visão, inspirando-me poesias, nessa paz aparente.
Na tua vivacidade, entre respirações com olhos de mormaço,
concedo todos teus desejos, arfando de curiosidade.
Tua boca gozando a intromissão da minha língua,
ensaia convulsões e arrepios profusamente.
Teus cabelos espalhados pela grama, desse jardim,
incitava-nos nas agonias desse sexo afogueado,
nessas perseguições amorosas, entre audácias e desejos.
Impertinentemente possuía completamente nessa noite!
Arrebatamentos e avidez, entre sombras disformes, ousamos!
Explorei toda a geografia do teu corpo abrasante,
na quietação desse dia inútil, entorpecido nessa casa.
Sorvi o teu cheiro e contemplei essa tarde de audácias.
Impregnei-me do teu suor, do teu sexo.
Deleitei-me da tua boca úmida, entre beijos.
Explorei tua cama, sem pressa, sem arrependimento.
Agora restou-me essa paz, esse silêncio, essa paisagem!