Ernane Bernardo

Vivendo aos Farrapos

 

Vivendo aos Farrapos

 

Vivendo aos farrapos

Em noites sombrias…

Nesse imenso inverno submundo,

Sem-abrigo!

A falta de acalento do calor humano.

Esperança muitas vezes estampada em seu semblante,

Vê-se descartados de sua integridade!

Num desassossego em que vive o mundo dos abandonados.

Tormentas noites de maus tratos,

Sente o peso da alma

Em que vive o indivíduo, faz-se insaciável da esperança,

Ao vê-lo acabrunhar na dor intermitente…

Desprovida da liberdade de sonhar!

Com os olhos encharcados, vês lentamente o tempo passar.

Um lugar para se abrigar!

Trazes em sonhos…

Esperança e a vontade de vencer

Cessa os olhos lacrimejados

Ao ver seu semblante

O brilho no olhar, fez restituir a alma deflagrada...

Sente o desejo de impugnar a dor que impede de sonhar!

O direito de amar e ser amado

Vivendo na plenitude indivisível.

Desse submundo que impedem de sonhar!

 

_ Ernane Bernardo