COMUNHÃO
Caminhe na minha direção
Brinda-me com paixão
Teu corpo no meu, o perdão
Brinde a nós
Nem todo o amor é em vão
Brinda-me com teus lábios
Brinda-me com teus beijos
Brinda-me com teu corpo em comunhão
Acredite, tua crença é toda fundamentada em ilusão
Brinda-me com teu sorriso
Com tua febre
Com teus lábios
E te entregues no meu corpo em redenção
Faça do teu espírito em pânico
Arrastar toda essa tua iniquidade
Vergar toda essa tua vontade
Se entregue em total liberdade
Teu compromisso e lealdade
Na mais verdadeira comunhão
Abandone tua cansada razão
Que cala exausta sem voz a tua emoção
Sufocas em teus desejos
Tua desvairada paixão
Permita que a tua lua
Em todo teu esplendor
Invada em comunhão
Como o orvalho toca o perfume de uma flor
O nosso amor em oração
Invadiste meu mundo
Meu mar, minha calmaria
Preencheste minha vida
Meu anjo de guarda, meu guia
E me abandonaste
Deixando-me cicatrizes e feridas
Ata-me agora
Aperte o laço do teu corpo no meu
Minha alma na tua
Abrace meus lábios nos teus
Marque minha pele com tuas mãos
Salive em minha boca
Ata-me com total devoção o meu corpo
Com minha inteira permissão
E fecunde o meu e o teu ventre
Na mais perfeita comunhão
Vlad Paganini
‘Aquele que nunca amou,
Não comungou, não se libertou
Perambula na solidão e na escuridão
Nunca se entregou ao teu próprio eu
Nunca viveu’