Limites – isso importa!
Não quando se trata
do desejo individual,
mas, quando se referencia
ao dividir em cotas.
Oportunidades – isso conforta!
Não quando se enverga
pelo que se tem como conquista,
mas, quando se sufraga
pela cooperação das cotas.
Respeito – isso ignota!
Não quando se impressiona
pela imparcialidade conferida,
mas, quando se decepciona
pelo não aceitar as cotas.
Preconceito – isso abarrota!
Não quando há sobrepujança
de objetivo por outro alcançado,
mas, quando se sente inconformado
com a axiomática igualização das cotas.
Sobrevivência – isso brota!
Não quando se confunde
com oportunismo desregrado,
mas, quando se alimenta, sabiamente
da extasiante pertinência de cotas.
Igualdade – isso denota!
Não quando se examina
só como dígito de estrato social,
mas, quando se compreende
o valor dignificante das cotas.
Amor – isso devota!
Não quando se entrega
só pelo querer bem ao outro,
mas, quando se enxerga, inconteste,
a dimensão humana da cota.