... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

MATINADA

Um alvor. Um feixe doirado
do arrebol, um doce sabor
e, alvoroçado no enredado
da trepadeira, um beija flor

Delgado, assim, apressado
fremente e leve, um primor
cá pras bandas do cerrado
num bailar de brando amor

Neste cenário, a borboleta
numa vermelha flor, poeta
tão mimosa, tão iluminada

Neste fulgor do amanhecer
cantarolas, voejadas a tecer
aclamando a sutil matinada

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 março/2022, 05’47” – Araguari, MG

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