Hébron

Artífice das letras

 
O que pode ser um poeta
Que não a face do impossível
Ao alcance das mãos, tangível
Ao alcance dos sonhos, ilusão
É o oleiro da abstrata emoção
O que pode ser um poeta
 
Artífice das letras de toda palavra
Na noite e diamante do que fascina
No recitar estrelas no céu de magia
Na sedução da escrita de uma rima
Um prazer dessa viagem, a fantasia
Artífice das letras de toda palavra
 
Ser a mera certeza de um acaso
Vento, ser o sopro da inspiração
Ser a caminhada na areia da praia
Ser quem lhe carrega nos braços
E ser a pegada deixada no chão
O escrito feliz que a onda espraia
Ser a mera certeza de um acaso
 
A esperança e vida do que será vivido
Pois a morte é o esquecido, estagnação
E é a escassez da luz, a plena escuridão
Esperança é vida, desdobrar de suspiros
É a convicção resignada dos desafios
É o sol do todo porvir ao tempo já ido
A esperança e vida do que será vivido
 
O que pode ser um poeta
Que não a face do impossível
Ao alcance das mãos, tangível
Ao alcance dos sonhos, ilusão
É o oleiro da abstrata emoção
O que pode ser um poeta