Marcos Valerio de Souza

MAIOR LEGADO

            MAIOR LEGADO

 

Decalcando a bandeira que tenaz se arvora

Na face senil do indômito vivente,

Quando esgarçadas as forças que o condecora

Quando o descompasso do passo já é premente

 

Aprende-se: é debalde a arrogância soer

De nada vale ensimesmar-se de majestade;

No final todo trono há de se desvanecer

Em sua paradoxal fugacidade.

 

De todas as suas labutas, com efeito,

Praza ao homem o inexorável preceito

(Que néscios enxergam como quimera):

 

O maior legado, indubitavelmente,

Daquele que cerra a pálpebra morrente

É somente a essência do bem que fizera!

 

                          Marcos Valério de Souza