É inverno no inferno e caem
No chão flocos de gelo em brasas
Tranquem-se no porao das suas casas
Escondam-se do anjo de negras asas
No lago de lágrimas
Eu afoguei as páginas
Dos poemas que amaldiçoei
A ilusão da luz é efêmera
Cai a pluma lentamente
Pela vela escorrendo a cera
Derretendo nas labaredas tristemente
Num olho o Hematoma violeta
Um socão da solidão violenta