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Uriel Benjamin Rodrigues

Palavras cristalizadas

É inverno no inferno e caem

No chão flocos de gelo em brasas 

Tranquem-se no porao das suas casas 

Escondam-se do anjo de negras asas 

 

No lago de lágrimas 

Eu afoguei as páginas 

Dos poemas que amaldiçoei 

 

A ilusão da luz é efêmera 

Cai a pluma lentamente 

Pela vela escorrendo a cera 

Derretendo nas labaredas tristemente 

Num olho o Hematoma violeta

Um socão da solidão violenta