Rafael Senger

Até Quando

Havia uma árvore

Perto do rio Negro

Lhe transformam em um tronco.

 

Depois de todo sofrimento 

Agora a árvore chora

Ao som de um ronco, tudo desaba

 

Em um piscar de olhos, simplesmente se corta

E o que mais havia de ajudar

Agora corrobora sua incompetência

Disfarçada com uma continência

 

O que parecia seu emprego

Finalmente se inverte

E junto com sua famíla

Em seu novo lar

Ouve-se

“Ministério do meio ambiente adverte”

 

Com sua nova função

De assento para ignorante

Descobre-se a hipocrisia

Dos mesmos que lhe “protegem”

 

Junto com o povo de seu antigo lar

Vai aos poucos desabando

 

Até quando?

Se pergunta

 Até quando reinará a gerência incompetente

Até quando, durará a espécie

Até que enfim, o responsável será outro

Outro General, outro serviçal do poderosos

Até quando, A Gerência se desviará por dinheiro

Até quando o dinheiro nos matará

Até quando, os madeireiros nos controlarão

Até quando irão nos desejar

Como estante de inconsciente

Até quando, seremos dizimados

Para o agrado dos tapados

Até quando

 Eu pergunto...