Lua chorosa
Rastros da desventura, seguindo para lugar nenhum, melhor que voe, que seja sem a intensidade dum verso, e aninhe-se no seu descanso solitário, desconsolo é vida real, que aflige um coração sem alegria nem choro, que bata apenas no seu ritmo, transforme os pensamentos, renove-se... percorra outras paisagens que possa prender a alma, arrancar um suspiro, e mais outro e... mais um estranho suspiro, do que não foi vivido.
Voa e continua fixando um olhar perdido, pensamentos vão e recuam, mas do amor, desiste não... ouve os ventos, vê no alto uma meia lua chorosa, que aos poucos se esconde atrás do céu fechado que nem viu a noite cair, se ainda chove há felicidade molhando a alma que vive em mim, que o meu e o seu olhar encontre além do oceano, razões para continuar, assim ao menos percebendo o novo dia chegar.
Liduina do Nascimento