Carlos Lucena

COM CALOS MAS SEM ABALOS

COM CALOS MAS SEM ABALOS

Ando sem ilusão
Mas eu vou devagarinho
Nas veredas.
Vou catando pedras
Vou catando 
com as mãos 
Não importa os calos
Nem os abalos
Porque com os olhos 
vou guardando estrelas
Não posso alcançá - las
Mas posso vê - las
E com os pés 
escrevendo histórias 
E com os seus dedos 
Digitalizando 
nas veredas as memórias
Desmemorizando 
os medos,
Desmitificando
os segredos
Vou assim:
Sem ilusão,
Devagarinho...
Sentindo  com o coração
Tocando com a razão!