COM CALOS MAS SEM ABALOS
Ando sem ilusão
Mas eu vou devagarinho
Nas veredas.
Vou catando pedras
Vou catando
com as mãos
Não importa os calos
Nem os abalos
Porque com os olhos
vou guardando estrelas
Não posso alcançá - las
Mas posso vê - las
E com os pés
escrevendo histórias
E com os seus dedos
Digitalizando
nas veredas as memórias
Desmemorizando
os medos,
Desmitificando
os segredos
Vou assim:
Sem ilusão,
Devagarinho...
Sentindo com o coração
Tocando com a razão!