Nós
Que apenas somos um pouco
Daquilo que nunca seríamos
Duvidamos do impossível
Atrelamos nossas vidas
Ao destino das estrelas
Ocultamos sonhos
Rindo do amanhã
Corroídos por delírios
Afogados nas lágrimas
Acre das aranhas
Dormimos ao desamparo
De um sono sem amanhã
E pouco a pouco
No compasso do dia
Deixamos para nunca
O pouco que queríamos