Nupérrimo sentimento que aflora minha dor
De onde vens? Para onde vais?
Deixai-me no exílio! A soledade é dulcissima comparada a vós.
Pergunto-me, o que fazes permanecer?
Deixai-me! Me é preferível morrer do que subsistir lembrando-me de vós.
Meus dias tornaram-se sombrios,
O inverno congelou minha razão,
Estou enlouquecendo gradativamente,
Perdendo o sentido antes do sentimento.
Sua presença deixou-me doentio,
Pois sua ausência tornou-se insuportável,
Esperando que retornes para levar-me contigo.
No orvalho escondem-se as lágrimas,
Mas as vozes em uníssono continuam a gritar,
Nenhum olhar pode ver meu semblante
Escondido por detrás de um sorriso,
Cavo minha cova esperando o último golpe,
Aquele que me levará ao eterno vazio.