Ofereço-te minha casa para que descanses.
Sentada nesse cais oferecendo-me teus braços.
Sabendo, já, que é só um sonho, essa presença,
insinuando noites longas nesse quarto acolhedor.
Um amor delicado que me conforta, entre desejos,
nesse encontro de olhares entre tantos olhares.
Nesse cais, nessa inútil paisagem, nesse deserto,
amor intenso se revelou entre afagos reticentes.
Fundamental é desatar tantos medos nessa oferta,
pressentindo, espreitando a embriaguez dessa noite.
Semear novos horizontes nesta profusão de incertezas,
estampadas no teu rosto, nessa possível partida.
Uma cidade distante anuncia um novo dia,
com filetes do sol refletindo esperança.
apresentando olhos inquisidores nessa varanda,
entre tristezas e devaneios nesse dia hesitante.
Ofereço-te meus braços para que repouses, nessa paisagem,
deixando estas ondas oscilantes quebrar nesse cais,
dando-te esperança, nesta espera, sem armadilhas.
Ofereço-te minha casa para que descanses, nessa magia.