Dentro um amargor que mutila a alma
Pois de fora viera um terror que agora é lama
E empurra o temor à beira do precipício
E faz lembrar tudo como fora no início
Um grito surdo no escuro ecoa e clama
Não deixe o ato em si apagar a chama
Busca onde pisar, qual passo irás dar
Reencontra o caminho, do ninho, deixa falar
A razão, a emoção não podes calar
O último passo, cuidado, alado
Calado, parado, pesado, rogado, não podes voar
O precipício tens que evitar, retoma, retorna!!
Deolindo Filho
São José do Rio Preto, 01 de abril de 2022