Sequestro de amígdala,
Consente quem cala,
Não lido bem com imposições
E julgo pelas emoções,
Cansei de vulgares paixões
Vou atuar, vou desenhar e vou colar
Espalho prazer e amor
Em troca, o mundo me dá dor
Por isso preciso do escapismo
Ir para meu refúgio,
Só assim não me jogo do abismo
Estou virando cética
Mas logo entro em contradição,
Tive um grande surto, questionei tudo
O meu intuito, é me encontrar
Preciso me recuperar, alguma coisa ainda dá pra ser feita
Somos seres insignificantes tentando desesperadamente ter a atenção do outro,
Nos contentamos com pouco,
A esmola por afeto é coisa de universo paralelo
Minha arte é rústica, é bruta
Eu gosto dela assim,
Gosto mais de mim,
Só luto contra meus demônios internos
Às vezes, o inconsciente pode ser um inferno
E uma vela pra Deus e a outra pro Diabo,
Se Deus é bão o Diabo não é mal
Faço a reza que as ancestrais me ensinaram,
Eu sou cética porque não vejo mais jeito no mundo,
Mas vou me concentrar em mim
Tava parecendo oriundo
Recomeços no mesmo lugar
Talvez deveria ter firmado meus pés no chão,
Me agarro às raízes ao invés de me levar a paixões que destroçaram meu coração.