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Maria Rodrigues

Oh homens bons, me perdoe-o desabafo de uma confusa

Me diz como me virar do avesso?

Onde está o botão do recomeço ?

Me diz por que me sinto assim ?

Do gênero oposto - sinto ódio sem fim !

 

Talvez por que cresci vendo...

Mulheres se submetendo 

À machos imundos

Em buracos profundos 

 

Eu odeio e não nego 

No prazer de vê-los pagar 

Alimento meu ego 

E o único desprazer - não consigo parar!

 

Me perdoe ,oh homem do bem 

Não te incluirei nessa casinha prestes a desabar  !

Não sou fêmea ,me chame de Zé Ninguém 

Pois Ninguém pode bem  matar !

 

 

Já falei - me chame de Zé

Vou repetir - não gosto que me chame de mulher !

Não me submeta à sua verdade ultrapassada 

Não me subestime ,posso estar alterada 

 

Por trás de um grande homem-

há uma grande Zé!

Ninguém na verdade, é mais importante que toda essa hipócrita gente 

Ninguém luta pela paz de seu gênero inexistente