No chifre do touro que eu vejo,
Um sangue que escorre,
Uma arma que eu vigio,
Uma pele que descore.
Um pêndulo que se move,
Um pentagrama que se lê,
Uma memória que se lembra,
Um desejo que se mata.
O ponteiro que se mexe,
O mês antigo que se rasga,
Uma luz entre os feixes,
No pulso cortes de faca.
Um ser sanguíneo,
Uma melancolia do vinho,
Dizem serem boemios,
Mas na arte são putos honorários.