Molho no algodão a violeta e derramo sobre os meus arranhões, eu me automedico.
Peço silêncio enquanto costuro o rasgado da minha pele no vazio do meu quarto.
Eu choro a dor de ser independente, eu oro todas as noites pois carrego a benção de ser uma mulher que vive em sua solitude.
Quando eu sinto que preciso de um abraço o meu corpo já entende que deve se abraçar.
Eu escrevo pra mim mesma poemas de amor, vago pela minha própria mente, eu danço sozinha. Aprendi a dar a mim mesma todas as linguagens de amor.
Sou a vela que nunca apaga.
O sou o cuidado que eu preciso.
Eu aprendi a me pertencer.