O menino desce a ladeira
Não há tempo pra brincadeira
No ombro a caixa de isopor
No rosto escorre o suor
No corre corre apressado
Às vezes tão cansado
O produto congelado
Há de ser logo comercializado
Ainda na tenra idade
Tolhido de qualquer vaidade
Desafiando toda dificuldade
As roupas surradas
As sandálias desgastadas
O cabelo em desalinho
No seu árduo caminho
Segue.o menino sorveteiro
Na busca por algum dinheiro
Se o ombro ainda padece
Na alma já acontece
Os sonhos que lhe apetece