Helio Valim

Espécie visceral

 

Uma grande íris negra,

passivamente, observa

a involução da espécie!

Com um brilho pontual

aguarda o instante fatal

dessa espécie visceral.

 

Deletéria competência

destruindo a existência,

em monólogo eloquente,

com obscura insanidade,

constrói insólita realidade

saudando o fim da humanidade.

 

Sob a égide de malta perdida,

adeptos diletos da desvairada

“realpolitik”, ora corrompida,

onde o maniqueísmo impera,

não admitem a negociação,

apenas brindam à extinção!