CORASSIS

Prefiro

Me empresta oh Camões,
Um soneto de amor  de toda tua santa eloquência 
Para alargar meu sorriso 
Que o desassossego é uma delinquência
Rasgou  o ao meio .
A vida é um experimento !
A  água   que em minha garganta 
Engasga, dada,
Pelo  censurador  que tem  mais de uma série de  pecados .
Queria fazer do terraço da montanha 
Minha nobre calmaria
Me empresta a chave destas algemas 
Oh soldado universal da paz!
Tudo certo? , nem tudo santo!
É com este sossego que me espanto.
Quero servir no exército deste soldado.
Tudo é leve e se transforma 
Eu sou passageiro destas sentimentalidades 
O pesado , deixo para os credenciados 
De toda história  sem memória .
Prefiro os dinossauros e seu legado
Prefiro o que não vivi, pois há de vir !
Pelas mãos emprestadas da felicidade
Prefiro a claridade , bendita as dores de parto, mesmo das mães de carrascos,
Prefiro o mundo ainda opaco
Prefiro o que não vivi, pois há de vir .