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João Matos

O preço

 

O barulho do pingo da chuva da calha no frio da noite que se esvai

Medo da culpa do sono que ignora o descanso da alma

Infelizes mortais escravos dos pensamentos que não se calam

Ignorância, uma benção, vale mais, mas não vale nada

 

Tem-se o preço, a dor é necessária

Alívio, desconheço

Acertos, o que são senão águas passadas?

Futuro, recomeço

Sabedoria no avesso do tropeço

Feridas que curam

A arte que fala