Na retina da vida,
Obtusa íris da sorte,
Percebo tortuosos caminhos
Na paisagem sem norte
Na janela sem luz,
Perdida vista de uma visão,
Tateio meu próprio desatino
Sendo espelho sem razão
Das muitas promessas
Que tantas vezes fizera,
Rompantes vazios,
Guardadas no destino
A serem decifradas,
São meus desafios,
Minha humanidade distraída
Cumpre-me dizer e digo:
O engano seduz
E em réstia, a esperança persevera
E cego, adiante eu sigo
Por essas linhas
Tortamente traçadas