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Barbara Guimaraes

Nuvem de algodão

Poetizando vou seguindo viajando nas asas da poesia...

Nuvem de algodão 

Amanheceu! E eu olho pela janela, olho para o céu, e fico sonhando acordada, vivendo e sentindo toda poesia da natureza. 

Eu sempre quis ser um pássaro para poder voar e livre, ir para qualquer lugar...

Mas não, hoje eu decidi mudar e ser uma nuvem, solta e perdida no ar...

A nuvem é  passageira, ligeira e fagueira.
Eu a sigo e vejo como ela consegue ser tão  livre que se desagrega no ar e some com o vento...onde estará?

Eu sei que ela vai voltar com outra forma, ou tom de cinza, avermelhado, ou negro e pesado caindo como chuva.

Sim, isso é  ser uma nuvem, é  ser  quem é...
Ela não é fixa! Ela é  volatil,  é  linda e tímida.

Eu, com muito cuidado, cresci e levei minha mão até o céu, e a toquei, eu  senti nas minhas mãos sua delicada textura, temperatura e eu a beijei e a molhei com meus lábios. 

Ela tímida, corou, sorriu  e evaporou-se no ar...
Eu encolhi e voltei a ficar no meu quarto sentindo nas mãos o perfume que ela deixou, e nos lábios  o gosto doce de algodão  da minha infância...

Bárbara Guimarães 
D/A9610 98