TABULEIROS DO SERTÃO
É nas veredas dos tabuleiros
Deste imenso sertão
Que os destemidos vaqueiros
Correm atrás do barbatão,
Vão eles se desviando
Da unha de gato e favelas
Juntos com seu alazão
Formando uma linda aquarela.
Nestes belos tabuleiros
O sertanejo ali planta
E faz as suas colheitas.
E os passaros ainda enfeitam
Quando pela manhã cantam.
Canta o masgestoso sabiá
Cabeça-vermelha e a codorniz
O sertaneja se sente feliz
Com tudo isso, que lhe encanta.
Nos tabuleiros sertanejos
Pasta toda vaqueirama
O bode e o carneiro
Vão em busca da rama.
Vai o burro de carga
E o cavalo de estimação
Atrás da rama amarga
Vai o resto da criação.
Ainda se tira para a forrageira
Ração de primeira
Para o resto da estação
O tabuleiro sertanejo
É rico em fauna e flora
Muito embora
Por lá, já exista extinção.
Da fauna, alguns animais
Da flora, a vegetação
Dos bichos pela fome do homem
Da fauna pela a industrialização.
Para o sertanejo falta conciência
Que luta por sua existência
Para os gananciosos empresários
Sobra muita ambição.