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Antonio Aurelio Felix

TABULEIROS DO SERTÃO

TABULEIROS DO SERTÃO

 

É nas veredas dos tabuleiros

Deste imenso sertão

Que os destemidos vaqueiros

Correm atrás do barbatão,

Vão eles se desviando

Da unha de gato e favelas

Juntos com seu alazão

Formando uma linda aquarela.

 

Nestes belos tabuleiros

O sertanejo ali planta

E faz as suas colheitas.

E os passaros ainda enfeitam

Quando pela manhã cantam.

Canta o masgestoso sabiá

Cabeça-vermelha e a codorniz

O sertaneja se sente feliz

Com tudo isso, que lhe encanta.

 

Nos tabuleiros sertanejos

Pasta toda vaqueirama

O bode e o carneiro

Vão em busca da rama.

Vai o burro de carga

E o cavalo de estimação

Atrás da rama amarga

Vai o resto da criação.

 

Ainda se tira para a forrageira

Ração de primeira

Para o resto da estação

O tabuleiro sertanejo

É rico em fauna e flora

Muito embora

Por lá, já exista extinção.

 

Da fauna, alguns animais

Da flora, a vegetação

Dos bichos pela fome do homem

Da fauna pela a industrialização.

Para o sertanejo falta conciência

Que luta por sua existência

Para os gananciosos empresários

Sobra muita ambição.