Sobre essa folha de papel vai passar um rio...
Partindo da margem para a cabeça ou \'cabeceira\' do texto
até o \'leito\' e meio da folha...
Correndo em forma de versos,
Sendo cortado pelo espaço entre as estrofes
E formando um \'poema fluvial!
Um rio tão límpido, puro e essencial...
Afluente, subafluente, influente, importante fonte da vida
Em seu ribeirão, reserva florestal, reservatórios, usinas
Curso, parques, bosques, Pantanal e manancial!
Rio que com sua líquida resistência é fonte de subsistência
Com nossa água e pesca...
Onde fora encontrado Moisés, se batizou Jesus,
Mamãe Òsún que a frente de seu espelho se penteia, \'serpenteia\',
Éden, paraíso, Caronte, Aqueronte, Aqueloo, suas filhas sereias,
Mãe D\'água, Tigre, Eufrates, Mesopotâmia, Ganges e outras Histórias antigas
Que desaguam num Oceano(um outro deus!).
Rio, riacho, ribeirão, ribeirinhas populações, das lavadeiras(também com bacias), garças, cachoeirinhas,
Cachoeiras correntezas, marés, igarapés, pedras, lajes, Retiros, Lili, Muriaés, Carangolas, Natividades!
Que se torna pluvial e \'atmosférico\' em épocas de cheias!
Que se torna fonte de riqueza quando nele se encontra ouro, minério...
E que é o próprio tesouro com sua água mineral!
Mas que se torna \'canal\' quando nele se entorna dejetos e detritos!
Que seca num semiárido...
Que corta uma cidade a batiza e nomeia!
Que margeia, corre, córrego, corta, passa, remanso, manso, bravio, leva, lava, canta, alaga e socorre uma aldeia!
Mina de uma nascente e termina ou \'morre\' num mar azul celeste!
Rio onde ela se banha, um moleque mergulha, se navega, se draga, se polui e se vinga(na forma de enchente)!
Sobre ele se constrói pontes, pontilhões, palafitas e se \'anda\' no aterro do \'progresso\'!
Rio com sua cabeceira, leito, lençóis(freáticos) e véu da cascata!
Que segue corrente e resistente com a ameaça de falta d\'água no planeta...
Que nos refresque antes que tudo se super aqueça!
Do rio, bebemos, dele vem o que também comemos, por ele olhemos, oremos...
Pois dele vivemos, não se esqueça!
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