Tempo…tempo… sou eu,
Queria sentar e conversar
Sobre as coisas do amanhecer,
Quero mais detalhes dessas cores
Com sabores de relvas e estrelas,
Estou um tanto desajeitado
Nesta veste de caçador de átimos,
Tenho um baú de borboletas azuis
E outros dotes que julgo ser do teu interesse,
Sentemos a margem do rio,
Não temos pressa,
Olhai os cardumes de séculos. realizando a piracema
Tempo…tempo…sou eu
Não sei arremessar as tarrafas
de pescar peixe-poema,
Mas vendo da vida a fluidez, o escoamento,
Aprendi a não macerar mágoas,
Combato meu medo ruminando
As reservas de sonhos
Certa feita escutei
Que a vida é como uma adega,
Nós somos as garrafas,
a qualidade do vinho, está conectada a esta tripice harmônia,
Tempo…tempo…sou eu, o amor,
Preciso de você mestre!
Da sua paciência, e prudência
Sou um bezerro afoito
Por vezes descuidado.