Quem é esse Poeta que se assenta, com um ladrão? Não conhece seu passado? Também lhe deu perdão?
Porque se atenta a quem
da margem, grita e mendiga o pão?
Quebrando o protocolo, desatendendo a multidão.
Poeta tão amado, por marginais e excluídos,
desprezados por doutores abastados e queridos.
Quem lavou seus pés com as lágrimas,
foi mulher de vida a se duvidar, ouviu seus versos de vênia, que dizia lhe amar.
Multiplicou o pão que tinha, aos famintos pode servir,
ensinando que o milagre está no repartir.
Poemas de esperança entoava, como fonte no deserto soava, iluminando a quem na sombra da vida estava.
Sua poesia confrontava a política e as religiões, revelando toda maldade que havia nos corações.
Não escreveu nenhum livro, ninguém tem o seu retrato, mas basta falar de amor, que seu nome logo é lembrado.
Escrevendo um dia na areia, onde o vento pode apagar, trouxeram uma mulher adúltera, para ele assim julgar, sua sentença foi “atire a primeira pedra, quem nunca veio a pecar”; concedendo uma nova chance, a quem quiser recomeçar.
Esse Poeta quem é? Vindo de uma cidade tão pequena chamada Nazaré, falando da caridade e nunca perder a fé.
Deu sua vida por uma causa, a maior lição de amor, restaurando a aliança entre o homem e o Criador.