PARADIGMA DE AMOR
Um sabiá laranjeira,
Toda manhã me acordava,
C!o poema que cantava,
Escondido na videira!
Som de flauta ele entoava!
E da minha cabeceira,
Quase de certa maneira,
No infinito me lançava!
Eu quis ouvi-lo de perto...
Não deixou, pois muito esperto,
Jamais cantou a meu lado!
Também minha sabiá...
Versejava amor de lá,
Mas, sem nunca ter-me amado!