Ema Machado

Contágio

Contágio

 

Espalhe-me! No refrigério da brisa

Livre, sem farpas, carícia de vento

No alívio de um ínfimo suspiro

Na tranquilidade do firmamento

Sou de sabor puro, sacio sedes

Sou como água, cristalina e transparente

Sou a calma na chegada

Após, caminhadas efervescentes

Espalhe-me! E tenha certeza

Não há, quem me encontre

Que encontre igual riqueza

Sou o pote de ouro ao fim do arco-iris 

Sou o caminho, se, de mim não desistires

Gesta-me! Anseio crescer em teu cerne

Ainda que de início, seja pequenina semente

Se abres as portas, contamino

Sou esperança de toda gente

Sou a Paz 

Anseio amor para crescer no coração

Teu gesto, não será em vão

Espalhe-me! 

Ema Machado