São Paulo cidade grande
Do tamanho de um planeta
Entre suas entranhas
Corre estranho o sangue
De quem te constrói
Plasmada de suor agudo
Teus prédios duelam entre si
Para alcançar um pouco
De um toque solar
Enquanto em tuas ruas
Dissolvem-se pequenos seres
Que sem nada de seu
Além de suas angústias
Diárias chamas sem fim
Que se acumulam
Como gosma invisível
Com a qual se vai escrevendo
Em cada parede
O nome de tua galáxia