Merian Ravera

ELE

E chegará aplastado
músculos aflito
do labor ao sol de verão.  
Não queixava-se. 
Sua face resplandecia amabilidade e gentileza.
Manifestava abundante alegria ao ver sua Luz da Lua

No labor as vezes sentia o frescor daquela ventania
que distante se via dos arvoredos
seus pensamentos descansavam então.
Mas sua imaginação ao observar as folhagens em movimento 
o deixava intrigado, dizia-se se então com sorrisos: \"com certeza era 
por causa do sol em minha cabeça\".

Além disso, o futuro pairava em sua mente e isso o enchia de paz,
aquela sensação de algo bom que haveria de vir.

TRABALHO, não lhe dava medo algum 
sua força, ânimo e determinação 
era admirável!

IMPOLUTO, não aceitara desatino e astúcia.
Sua mente é brilhante!
Sua fala invejável
sua escrita impecável!
Ali se via um mestre.

Este não possuía diplomas e premiações,
mas era um mestre.
Um dia o desequilibraram, a maldade humana.
A soberba e a insipiência, 
do que adianta papeis de maestria 
vômitos de conhecimento 
e vazios de empatia e humildade?

Os soluços do choro abafado se escutava,
a fúria quase o feriu, novamente aquela humanidade
humilhante o desdenhou.
Ah! Quem me dera ser MESTRE como aquele.
Outrem não o conhece tanto e não poderia.

Sinto a dor de vê-lo assim,
mas, forte és e transborda bondade.
teu âmago é alva como a neve. 

 

Merian Ravera