Ah! Sempre o silêncio a nos visitar,
Na solidão dos prados seguiremos,
A mesma lira calma do luar,
Com as lembranças roxas que colhemos.
Vamos calados, juntos, sem cantar,
Com as tristezas na alma que nós temos,
A veres lento o tempo num olhar,
Nós que os sonhos aqui já os perdemos.
E outra vez, ó vida que me trouxeste
O cântico das fúnebres auroras,
De alvuras e olores minh\'alma veste.
Vós que andais nas tardes enevoadas,
Onde brotam as lágrimas de outrora
Quando surgem as noites enluaradas...
Thiago Rodrigues