Deve haver…
Deve haver um lugar
Onde brotos vicejantes possam crescer
Onde livre, a fonte límpida cantarola a alegria de poder correr…
Deve haver um lugar
Onde rosas sejam puras e sem tantos espinhos
Sejam cultivadas com todo carinho
E até o vento, não tenha razão de se enfurecer…
Um lugar de sol radiante
Tardes de arrebol flamejantes
Noites estreladas, onde a lua seja de prata pura…
Imagino que, deva haver um lugar sem penúria, que não haja tanta loucura pelo poder
Um lugar, onde possa-se sair, para dormir sem paredes
Contemplar estrelas balançando-se na rede até adormecer
Ah! Um lugar assim, deve haver…
Um lugar, onde seja livre toda criatura, onde não haja penúria
E a vida não grite, pois, ainda resiste a tanta loucura…
Sei haver, um lugar da paz que dura…
Ema Machado