Thiago R

Ai, silenciosa como a alma minha...

Ai, silenciosa como a alma minha,

Vagando nos recantos divinais,

A lua solitária que caminha,

No ástreo bosque dos sonhos noturnais. 

 

Suave violino que distante vinha,

Noite clara iluminando os ideais,

E uma tristeza na alma que sozinha 

Envolvia-se nas brumas soturnais.

 

Tem esses versos o pranto dolente 

Que caiste do olhar celeste e nublado 

De um céu que outrora choraste no poente. 

 

Tarde erma lembra a alma encastelada,

Sobre o tempo que deixaste enterrado,

Uma cruz de alvas flores circundada...

 

Thiago Rodrigues