Carlos Lucena

RUDE

RUDE (NEM SÍMBOLOS NEM PARNASO)

Não estou à procura de um lindo parnaso
Nem  tampouco  a mendigar versos  em uma perfeição ditosa
Prefiro 
Me entregar antes a um verbo raso
E não me  queixar da minha rude prosa.
Não me entrego aos símbolos da subjetiva dor
Nem aos céus
Busco alguma subjetividade
Também não procurarei nas nuvens o amor
Prefiro que a palavra sangre
Pois qualquer sentimento é pura realidade.
Estilo é muito mais que bonito
Mas fica apenas na beleza
Qualquer verbo é muito mais que infinito
E qualquer verso revela sua grandeza!